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sexta-feira, junho 07, 2013

De volta ao passado...(Parte 3)


Como explicado no último post, a censura TOTAL de TODOS os meios de comunicação se dava a partir de instituições de fiscalização do próprio Estado, tendo como objetivo principal silenciar qualquer forma de expressão contra o governo. A censura no regime militar foi um dos elementos mais marcantes da severidade do regime autoritário que governava o país à época. O povo brasileiro era controlado pelos órgãos do governo, que tentavam transparecer a paz e a estabilidade social no país, tendo como sustento o desenvolvimento econômico. Essa era a desculpa.
Só para lembrar, os militares assumiram o poder no país através de um golpe que derrubou o então presidente João Goulart - Jango - no ano de 1964, e teve o ponta-pé inicial aqui, em Juiz de Fora, no dia 28 de março de 1964, quando se reuniram os generais Olímpio Mourão Filho e Odílio Denys juntamente com o governador do Estado, Magalhães Pinto. A reunião visava estabelecer uma data para início da mobilização militar para tomada do poder, a qual ficou decidida como 4 de abril de 1964. 

Mas Olímpio Mourão Filho não esperaria até abril para iniciar o golpe, ainda no dia 31 de março tomou uma atitude impulsiva, partindo com suas tropas de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro por volta das três horas da manhã. O general Castello Branco ainda tentou impedir o levante ligando para Magalhães Pinto, segundo o militar o movimento ainda era prematuro, entretanto, não tinha como segurar, e o resultado disso todos nós sabemos...
Voltando à censura, porém, em sua época mais ostensiva (entre 1980 e 1984), José Luiz Ures, à época operador da Faixa do Cidadão e hoje Radioamador - PY1JU, (testemunha ocular do órgão censor de Benfica RJ comentado em post anterior), nos relata que ocasionalmente desaparecia um radio-operador aqui ou ali, e ninguém tinha resposta do que havia ocorrido.
Segundo o mesmo, o radio-operador, como via de regra, respeitava muito os limites impostos do que não poderia discutir no rádio, como: política, religião e futebol, e quando tinha notícias do desaparecimento de algum companheiro de rádio, já supunha o que havia ocorrido. O lado B dessa história, também como foco na própria cidade mineira de Juiz de Fora, estão os atos da Faixa do cidadão, à qual você terá oportunidade de conhecer, só que a surpresa é para o próximo post.
A história da AMPX. (1981)
Aguarde...
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APAGOU O PAINEL DO HANNOVER? Leia ↓

Não estamos tratando do painel LCD. Se as informações no LCD sumirem, basta clicar em Func e em seguida DW que é imediatamente reabilitado.

O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.