Seguidores

segunda-feira, junho 17, 2013

De volta ao passado...AMPX (Parte 6)

Com seu Estatuto aprovado em uma Assembléia Geral no dia 14 de março de 1981, a AMPX foi fundada por apaixonados pela faixa do cidadão. Na época, um hobbye de poucos devido a complexidade para adquirir equipamentos, não existia importação como nos dias de hoje. 
Os idealizadores não pouparam esforços, sacrificando horas de trabalho e lazer para concretizar esse ideal. Sendo AMPX uma entidade de caráter apolítico, tinha como objetivo a assistência e prestação de serviço aos seus filiados, além de estar predisposta a filantropia em todos os aspectos. Era importante que cultivássemos harmonia, cordialidade e um espírito de união entre todos por um denominador comum, que era a faixa do cidadão. Com um QAP no canal 5 em AM, a AMPX não reunia todos os radio-operadores da cidade. Em seu nascedouro já enfrentava a oposição de alguns que por sua vez fundavam grupos aqui e ali. 
Ao longo de sua história, participou de grandes eventos de âmbito municipal e estadual, como campanhas em época de enchentes, cobertura em eventos esportivos,  nacionalmente participou da campanha da poliomielite.
Com QAP no canal 9 de emergência, também  participou  auxiliando as autoridades civis e militares em amplos seguimentos. Sem partidarismo, sempre contou com o apoio de todos os segmentos da política mesmo em épocas de ditadura.
Tão importante era sua atuação, que sempre que se fazia necessário, as autoridades ou organizadores de eventos sabiam poder contar com um número expressivo de voluntários dispostos a bancar do próprio bolso com tudo que se fizesse necessário para o bom desempenho da função que lhe era outorgada. Nessa época não existia o celular, poucos orelhões e a comunicação se tornava precária. Não podemos deixar de falar sobre os encontros, festas, churrascos,  onde sempre reinava um clima de amizade e alegria. Onde trocávamos idéias sobre o rádio e formávamos uma verdadeira família. Mas nem tudo era só alegria, pois como em todo grupo, sempre existem aqueles que não comungam das mesma idéias e vez por outra víamos surgir grupos de dissidentes.  
A AMPX por sua vez se manteve, como entidade oficial, reconhecida de Utilidade Pública pela Câmara Municipal de Juiz de Fora e reconhecida como representante da classe pela ANATEL. Não existindo nenhuma outra ao longo da história em JF.
Com o tempo decidimos expandir nossos conhecimentos e  montamos grupos de estudos para prestarmos exame e nos tornar também radioamadores. Então, contando com a ajuda de colegas mais experientes e o apoio do veterano Sr. Pedro – PY4HJ, começamos a estudar  e galgar outros patamares. Foi quando surgiu a ARA co-irmã da AMPX.
Nosso maior sonho foi sempre contar com uma estrutura física. Uma edificação para podermos nela, agregar valores culturais e ministrarmos aulas, realizando eventos e mantendo uma sede onde todos seriam bem vindos. Foi-nos cedido um terreno pela prefeitura, onde teríamos o direito de uso. Com o esforço de alguns colegas, juntamente com doações e algum dinheiro que mantínhamos em caixa, conseguimos dar uma arrancada e levantarmos algumas paredes. 
Mas o sonho terminou um dia e tivemos que devolver o terreno a prefeitura. Nessa época, os colegas já haviam se afastado e aos poucos, a associação foi se desfazendo. Não atribuo culpas. Pois uma entidade quando é realmente forte, nada a desestrutura. Não são fofocas e fatos isolados que a fariam acabar. Se dissesse aqui que fulano ou beltrano fez isso ou aquilo, teria também que admitir serem eles fortes, e isso não eram e nunca serão. Acredito que a AMPX, se encontrava doente e minada. Ela sucumbiu por si só. Pois uma entidade só é forte se seus membros forem fortes. 
Todos fraquejaram e deixaram a coisa acontecer. Como disse um cantor: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.”  Faltou união, faltou sonhar junto.  Mas como em toda democracia, a liberdade de opinião e escolha foi respeitada. O livre arbítrio nos levou ao que somos hoje, ou seja, nada. Um bando sem nenhuma representatividade. Órfãos de pai e mãe. Sem saber onde pedir abrigo.
 
Por: Alba Watson Renault

Em homenagem a Adilson Sabonete CBPMMG

Um comentário:

Unknown disse...

Vendo essa matéria, me peguei a pensar.... e voltei na década de 1980/1990 quando fui mordido pelo bichinho da Faixa do cidadão, como era gostoso, Grupo Lua de Prata, operadores da faixa do cidadão P.X de Osvaldo Cruz- S.P, com sede própria na rodoviária da cidade, torre de 25 metros e o nosso bom e saudoso Cobra 148 GTL, quantos D.X, tardes de contestes, assinar diplomas, a galera toda com a carangas e suas antenas "maria moles" titanim e k9 era um barato, Q.A.P 24 horas,revezadas por seus integrantes nas bases fixas em uma época que na nossa região se alugava telefone fixo na imobiliária por seu alto custo, atendíamos várias ocorrências pois além de ter as placas na Rodovia Cmt Jõao Ribeiro de Barros demanrcando território da faixa no canal 15 A.M tinhamos equipado tanto o corpo de bombeiros como a base da policia rodoviaria estadual que está sediada a 30 km de nossa cidade com radios e antenas para que pudessemos manter contato em casos de urgência e emergência que nos era reportadas via rádio, época boa, sem balaio as pessoas mesmo jóvens respeitavam os canais, enfim como na matéria tudo muito bonito, muito correto, atendimentos até em outros paises vizinhos como Uruguai, Bolivia na qual fizemos envio de remédios para pessoas que estavam passando por necessidades e que chegaram até a nós via rádio, levamos o titulo de UTILIDADE PUBLICA, devido a esses atendimento e a campanhas na nossa cidade e foram muitas, mais ai chegam os que acham que está chato demais, tudo muito corretinho e começaram a bagunça, foi plantada a discordia e a intriga, todo aquele sonho que fizemos por anos realidade foi a chão,por nosso comodismo,por estar além de nossa luta , pois a "cama de gato" foi bem feita, acabou-se o nosso sonho e a realidade deles também não durou muito, nós abaixamos as antenas,embrulhamos nossos "cacholas" na flanela e colocamos no armário, nossos indicativos PX 2 c/d e/j foram para a gaveta e por lá esquecidos, agora por anos em silencio, quem sabe levantando uma antena aqui outra ali nós não possamos nos levantar de novo, hoje com os telefones celulares, internet e tantos meios de se comunicar, quem sabe o saudosismo nos leve a falar mais e mais longe por mais tempo,Amar o radio e tudo de bom que ele tras consigo é amar a si mesmo e ao proximo com dignidade, amizade e paz, que seja essa a mensagem .
Um forte abraço aos amigos da 4 região AMPX.

Renato Moreira 2 região, Osvaldo Cruz PX2Z 3763

Você chama e não chega?

Postagem em destaque

Consertando e ajustando pastilhas de wattímetro Bird

"Para aqueles que acham que este instrumento é incorruptível", é bom saber que os wattímetros Bird usam elementos removíveis, cha...

→ WATTÍMETRO BIRD - SAIBA TUDO

APAGOU O PAINEL DO HANNOVER? Leia ↓

Não estamos tratando do painel LCD. Se as informações no LCD sumirem, basta clicar em Func e em seguida DW que é imediatamente reabilitado.

O painel Newligth (de letrinhas) do seu rádio Hannover (ou similares) está cada vez mais fraco, ou simplesmente não acende mais?

Algumas coisas você pode fazer "para evitar", para impedir que isso ocorra, então a primeira dica está na monitoração da fonte de alimentação ou, no caso de Estações móveis, o alternador.

Picos acima de 14v literalmente queimam o circuito que mantém o painel aceso, e para fazer essa leitura, "somente confie" se tiver em mãos um multímetro com congelamento de picos (Leitura Hold). Em ambos os casos se faz necessário essa monitoração. Então já sabe, o que causa a perda do recurso Newligth neste equipamento é falha na alimentação, o excesso de voltagem. Fique de olho, e mantenha em dia a manutenção de seu veículo ou fonte de alimentação.